Em uma iniciativa conjunta* entre os blogs Escriba Encapuzado e Vida de Escritor, T.K. Pereira e Alexandre Lobão convidam escritores para compartilharem suas experiências com os colegas de profissão, destacando sete coisas que aprenderam até hoje. Não interessa se você é iniciante ou veterano, se escreve poesias, contos, romances ou biografias, envie sua contribuição para esta série de artigos!
Neste post, com a palavra, o experiente escritor Nelson Magrini.
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Você deve ter o seu estilo.
Não importa o quanto cada um seja influenciado por este ou aquele autor. Mesmo que no início cada autor busque soar como seu ídolo, é importante desenvolver uma personalidade própria, aquele “seu jeito de contar uma história”. Essa será a sua marca como escritor e será ela que irá diferenciá-lo dos demais.
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Nunca deixe de evoluir.
Qualquer escritor não pode ficar estagnado. Ele deve sempre evoluir, seja na escrita, nas ideias ou na Língua Portuguesa, bem como no trato e relacionamento com seu público leitor (imprescindível), editores e demais profissionais da área.
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Ser profissional sempre.
Um autor deve não só mostrar, mas principalmente manter sempre uma postura profissional. Isso é levar a sério o próprio trabalho e certamente é um diferencial significativo. Seja profissional com as editoras; seja profissional com os leitores e, não menos importante, seja profissional consigo próprio
Não é pelo fato de que um sem número de pessoas adoram seus livros que eles sejam ótimos. Seja crítico em relação ao próprio trabalho. Sempre há maneiras de melhorar.
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Não queira ser perfeito.
Não é porque os três itens anteriores devem se perseguidos que você deva ser perfeito. Aliás, nunca o será. Sempre haverá leitores que não apreciarão aquilo que você escreve, é inevitável. Lembre-se do item 3: atitude profissional junto aos leitores, todos eles.
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Críticas negativas, com conteúdo, devem ser analisadas com cuidado.
Críticas do tipo “não gostei” ou “o livro é um lixo” nada acrescentam ao autor e expressam apenas uma opinião. A crítica negativa importante é aquela que possui conteúdo, tipo “não gostei por que…”.
O autor pode ou não concordar com os porquês, mas o importante é analisá-los, aliás, mais de uma vez, pois é comum, à primeira lida, descartarmos como se tudo fosse bobagem. Lembre-se, nem sempre é.
Algumas vezes, podemos encontrar comentários que nos façam refletir e ver certos aspectos de nossa obra por ângulos diferentes. Saber lapidar tais críticas, reconhecer e aproveitar seus pontos positivos são parte integral do item 2.
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A ideia ou a concepção é fundamental, mas…
Esse é o ponto de partida para qualquer trama. No entanto, tenha em mente de que a sua ideia nem sempre é original. Muitas vezes, inclusive, vários autores, de modo independente, têm ideias similares ao mesmo tempo. Mas essa nunca foi a questão básica.
O importante é o que cada um fará com tal ideia. Lembre-se, uma ideia poderá dar origem a uma obra-prima ou a uma trama medíocre. Tudo dependerá de como cada um irá desenvolvê-la. Lembre-se, quanto mais marcante forem os itens 1 e 2, maiores serão as chances de transformar sua ideia em uma boa obra.
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Não tenha medo de errar, estudar e recomeçar.
Seguramente, dói no coração, mas tem hora que aquelas vinte ou cinquenta páginas (ou mais!) devem ser descartadas. Item 3: seja profissional com você mesmo. Lembre-se que não apenas de Gramática ou Dicionários vive um autor.
Por vezes, é necessário se recorrer a outros suportes, os quais, técnicos ou não, sempre envolvem as mais variadas leituras e pesquisas… e muita conversa, se necessário. Reiniciar não é perda de tempo; é tão apenas um procedimento, tão comum e importante como qualquer outro dentro desse extenso processo chamado livro.
Sobre o autor
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* Projeto inspirado pela coluna “7 Things I’ve Learned So Far”, da revista Writer’s Digest.
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Ótimas dicas; estou acompanhando cada postagem da série. Estou amando tudo.
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