Em uma iniciativa conjunta* entre os blogs Escriba Encapuzado e Vida de Escritor, T.K. Pereira e Alexandre Lobão convidam escritores para compartilharem suas experiências com os colegas de profissão, destacando sete coisas que aprenderam até hoje. Não interessa se você é iniciante ou veterano, se escreve poesias, contos, romances ou biografias, envie sua contribuição para esta série de artigos!
Neste post, com a palavra, o parceiro, escritor publicado e autor do fantástico site Listas Literárias, Douglas Eralldo.
Achei muito bacana a ideia do projeto do blog Escriba Encapuzado, dando espaço aos autores compartilharem um pouco de seu aprendizado durante a jornada. Abaixo algumas coisas que ainda estou aprendendo.
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Escrever é o mais fácil: embora eu saiba que muitos autores tenham dificuldade em organizar a rotina da escrita, acredite, esta é a parte mais fácil, onde uma ideia na cabeça, um teclado e a disponibilidade e a organização da rotina são suficientes para que em pouco tempo o autor consiga colocar em papel suas ideias e pensamentos. Escrever o livro sem dúvida é a parte mais fácil.
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É preciso ter cuidado: quem pretende se tornar um autor
publicado tem de tomar cuidado, pois isto em si não é o mais complexo. No entanto, se o autor não for cauteloso e, além de tudo, souber o funcionamento do mercado editorial, ele pode acabar encontrando muitas frustrações pelo meio do caminho.
Em todas as etapas da publicação de um livro deve-se ter muito zelo para que o produto final seja algo justo e honesto para com os leitores.
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Não basta escrever: vejo muitos colegas pensando que escrever
o livro é suficiente. Isto é um engano; o autor precisa sim ser o principal comunicador de sua obra, especialmente se publicado por pequenas editoras, ou sob demanda.
E isso não tem nem a ver com o tipo de publicação, pois muitos se enganam pensando que publicar em grandes editoras é tudo mil maravilhas.
Não raro é possível ler notícias de autores celebrados com queixas de suas editoras.
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É preciso conhecer o mercado: infelizmente vejo
muito autor cometendo o erro de publicar um livro sem conhecer o funcionamento do mercado. Aprendi que antes de me tornar um escritor, é preciso saber tudo sobre o sistema. Entender como funcionam grandes, médias, e pequenas editoras, o que leva uma ideia a se tornar livro. Só esse conhecimento é capaz de lhe auxiliar a tomar decisões, e com maiores chances de acerto.
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Leva tempo: ser reconhecido e vender o suficiente para pagar suas contas são coisas que levam tempo (eu ainda chego lá; 🙂 ), mas todo escritor de sucesso passou por este processo.
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Edições sob demanda possuem dois lados: publicar livros
sob demanda (meu caso) possui dois lados de uma moeda.
Por um lado, te permite antecipar a publicação, ao invés de levar anos esperando ter um original aprovado, além de possuir menos riscos de investimento no caso de autores que colaboram financeiramente para a publicação.
Por outro, é preciso enfrentar o preconceito de leitores, e as dificuldades peculiares de pequenas edições, como a distribuição, e a escolha certa da editora por qual publicar, visto que algumas são muito lesivas e seria melhor o autor passar longe delas.
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É gratificante: escrever é algo que vai além da compreensão. É muito gratificante ver seu texto sendo lido, avaliado e comentado pelos leitores. Isso gera uma emoção difícil de descrever.
Sobre o autor
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Veja a opinião de outros autores aqui e no Vida de Escritor!
* Projeto inspirado pela coluna “7 Things I’ve Learned So Far”, da revista Writer’s Digest.
Continue a escrever aqui.
[…] 7 coisas que aprendi – por Douglas Eralldo: a contribuição do autor de Morgan: O Único e O Titereiro dos Mortos. […]
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O site tem uma série de artigos chamada 7 coisas que aprendi, once escritores passam suas dicas!
https://escribaencapuzado.wordpress.com/2013/04/01/7-coisas-por-douglas-eralldo/#more-3013
Em breve deve sair um artigo meu nesse blog.
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